Você trocaria seus dados pessoais por ilustrações feitas por uma Inteligência Artificial?
Essa foi a realidade de diversos brasileiros que deram suas fotos para um aplicativo de IA que transformava as fotografias em belas ilustrações, mas existe muito mais por trás dessa história. Confira esse blog para saber mais.
Se você esteve no Instagram durante dezembro de 2022 e viu as belíssimas ilustrações que seus amigos estavam fazendo, com certeza sabe do que se trata o App Lensa, certo?
Em 2019 houve um caso parecido com esse, o famoso FaceApp que fez sucesso na internet pedia fotos dos usuários para transformá-los em uma versão do sexo oposto, ou até mesmo simular uma versão envelhecida de cada um. Depois de todo esse efeito avassalador, descobriu-se que o aplicativo coletava diversos dados bem mais privados do que fotos, como o histórico de navegação na web, e tudo isso com a autorização dos usuários do app. Na época muito se especulou sobre a motivação desse grande armazenamento de dados, sendo a criação de um sistema de reconhecimento facial uma das teorias levantadas.
"Se pensarmos em um grande volume de pessoas compartilhando suas fotos, estamos falando de uma base de dados que tem muito valor de mercado e poderia ser indevidamente comercializada", comenta Kizzy Terra, cientista de dados e co-fundadora do canal Programação Dinâmica.
Até então a Lensa é inocente, porém se avaliarmos algumas questões com cautela observamos alguns pontos importantes para tomarmos cuidado, começando com o fato de que o seu avatar é deles. Sim, você pagou pelas ilustrações e o app promete explícitamente que as fotos saem do seu celular direto para a inteligência artificial da empresa, em nuvem, e são apagadas em até 24h, sem nenhum outro uso previsto.
Porém um trecho dos termos e condições do Lensa nos chama atenção, já que registra que o usuário “concede uma licença perpétua, irrevogável, não exclusiva, isenta de royalties, mundial, totalmente paga, transferível, sublicenciável para usar, reproduzir, modificar, adaptar, traduzir, criar trabalhos derivados e transferir seu Conteúdo de Usuário, sem qualquer compensação adicional para você e sempre sujeito ao seu consentimento explícito adicional para tal uso quando exigido pela lei aplicável e conforme indicado em nossa Política de Privacidade.”
Ou seja, as ilustrações completamente realistas dos usuários são de propriedade do app e podem ser usadas para qualquer fim sem a possibilidade de protesto.
"O risco principal é de uso indevido desses dados para fins diversos, diferente do que imaginamos", acrescenta Terra. "Por isso, é importante a leitura dos termos de uso do aplicativo para entender com que tipo de autorização de uso dos dados estamos consentindo."
Esse tipo de isca é bastante comum no mundo virtual, não é a primeira e nem será a última vez a acontecer, por isso precisamos nos manter vigilantes para entender a profundidade destes aplicativos e o que colocamos em risco quando aceitamos termos que ao menos temos noção do que abordam. Proteja seus dados!
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